USDA divulga estimativas de oferta e demanda agrícola mundial
16 de novembro de 2010 Embora os Estados Unidos tenham registrado menores rendimentos agrícolas em muitos setores no mês de novembro, os rendimentos globais superaram em grande parte as estimativas anteriores.
Trigo
Os Estados Unidos registraram uma ligeira redução na produção de trigo neste mês, mas as exportações de trigo vermelho duro de inverno são maiores do que o estimado, de acordo com as estimativas de oferta e demanda agrícola mundial de novembro do USDA.
Espera-se que o fornecimento de trigo em escala global seja maior para 2010/11, já que o aumento da produção mundial compensou os rendimentos menores do que o projetado nos Estados Unidos, um reflexo da maior produção de trigo na China em 2009-2010, de acordo com o USDA.
As estimativas de produção mundial aumentaram 1,5 milhão de toneladas para 2010/11, já que os aumentos na Argentina, Austrália, UE-27 e Paraguai mais que compensaram as reduções na FSU-12 e nos Estados Unidos, afirmou o relatório.
Enquanto a produção e os suprimentos mundiais aumentaram, a seca prejudicou as estimativas de produção nos países do Oriente Médio, Azerbaijão e Cazaquistão. A produção caiu para 0,5 milhão de toneladas, o que é maior do que o esperado, disse o USDA.
Um crescimento de 2 milhões de toneladas na ração animal à base de trigo na China fez com que o consumo global de trigo aumentasse para 2,5 milhões de toneladas, enquanto a alimentação com trigo na Coreia teve um aumento de 0,5 milhão de toneladas com base no ritmo das importações de trigo com qualidade de ração.
Grãos grossos
Grãos grossos também experimentaram um declínio nos suprimentos de novembro dos EUA para o ano de 2010/11, um resultado direto da produção de milho menor do que o esperado. A produção de milho está prevista para ser 124 milhões de bushels menor, já que a média nacional de rendimento é reduzida para 154,3 bushels por acre, queda de 1,5 bushels em relação à previsão anterior, disse o USDA.
Devido à redução na produção de milho dos EUA, espera-se que os suprimentos globais de grãos grossos para 2010/11 sejam 3,3 milhões de toneladas menores. Declínios na produção de cevada da China e nas safras de aveia e centeio da Rússia também foram fatores.
No entanto, pequenos ganhos nas importações de milho para a Arábia Saudita e importações de sorgo pela UE-27 compensaram uma redução geral no comércio de grãos grossos. Aumentos nas exportações de milho de 0,5 milhão de toneladas cada para a UE-27 e Sérvia neutralizaram números menores dos Estados Unidos, de acordo com o relatório.
Arroz
As perspectivas para a produção de arroz dos EUA em 2010/11 diminuíram de outubro para 241,6 milhões de cwt, 0,7 milhão a menos que no mês anterior. Isso vem de um declínio no rendimento médio, que caiu 18 libras em relação a outubro.
O fornecimento e o uso global de arroz também diminuíram para 451,4 milhões de toneladas, 1,1 milhão a menos que em outubro, devido a estimativas mais baixas para Birmânia, Paquistão, Filipinas e Coreia do Sul, disse o USDA.
As enchentes anularam uma estimativa anterior de aumento na safra 2010/11 da Tailândia, mas a safra da estação seca deve compensar a queda, disse o relatório.
Soja
Espera-se que os preços da soja aumentem para $12,20 bushel de $10,70 nos Estados Unidos, com uma redução na produção. No entanto, os aumentos globais para o Brasil, Argentina, Índia e África do Sul reduziram ligeiramente as perdas nos EUA.
A produção ao redor do mundo deve subir para 440,7 milhões de toneladas em novembro, um ligeiro aumento de 0,1 milhão em relação ao mês anterior. A maior produção de soja é creditada na compensação de perdas de outras commodities de sementes oleaginosas, disse o relatório.
Os altos preços da soja fizeram com que os produtores na Argentina aumentassem a produção para 52 milhões de toneladas, 2 milhões a mais que em outubro. O aumento da área no Brasil também contribuiu para um aumento na produção de soja, que está projetada para 67,5 milhões de toneladas, 0,5 milhão a mais que no mês passado, de acordo com o USDA.
Para o relatório completo, clique aqui.
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