Vendas de herbicidas e sementes de milho na América Latina e EUA impulsionam a Syngenta

Michael Mack, CEO da Syngenta

A Syngenta, maior fabricante mundial de agroquímicos, registrou um aumento de 17% no lucro em 2012, já que o clima adverso que elevou os preços das commodities levou os produtores a investir mais pesadamente na proteção de cultivos.

As vendas na América do Norte e América Latina — onde condições excepcionalmente quentes e secas prejudicaram a produção agrícola — superaram significativamente as de outras regiões e a empresa disse estar otimista em relação a 2013.

“Os produtores nas regiões afetadas [pelo clima adverso] tiveram que se adaptar rapidamente em termos de decisões de plantio e investimento, ao mesmo tempo em que lidavam com desafios contínuos, como resistência a ervas daninhas e insetos”, disse o presidente-executivo Mike Mack.

A Syngenta, sediada em Basileia, Suíça, também disse que investirá $77 milhões para quadruplicar sua capacidade de produção de sementes em Formosa, Brasil.

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Em 2012, as vendas em seu negócio de proteção de cultivos dispararam 19% na América do Norte e 12% na América Latina. As vendas na Europa, África e Oriente Médio caíram 2%, enquanto a Ásia-Pacífico diminuiu 5%.

Cada uma de suas linhas de produtos de proteção de cultivos registrou aumentos. Aqui estão alguns dos destaques:

  • Herbicidas lideraram o grupo. As vendas de herbicidas seletivos aumentaram 12% para $2,94 bilhões, já que seu produto Axial para cereais mostrou ganhos de dois dígitos em todas as regiões, com força particular no Canadá.
  • A adoção de produtos Dual/Bicep na cana-de-açúcar no Brasil “está acelerando rapidamente”.
  • O crescimento de herbicidas não seletivos também foi de 12%, totalizando $1,25 bilhão no ano, impulsionado pela Gramoxone na América Latina e nos EUA 
  • As vendas de herbicidas não seletivos nos mercados desenvolvidos da Ásia-Pacífico foram menores, “em parte devido à não renovação do registro na Coreia do Sul”, afirmou.
  • Os fungicidas aumentaram 2% para $3,04 bilhões, já que seu principal produto, o Amistar, teve maior volume em sua oferta estratégica de múltiplas misturas e formulações adaptadas por cultura e geografia.
  • Os inseticidas aumentaram de 3% para $1,84 bilhão, à medida que o clima ameno e seco em todo o cinturão de milho dos EUA impulsionou a pressão inicial de insetos.
  • O tratamento de sementes aumentou 9% para $1,11 bilhão no crescimento dos tratamentos de sementes Cruiser e Celest/Maxim. Os mercados emergentes mostraram mais de 20% de ganhos nas vendas.

Seu negócio de sementes – compreendendo milho e soja, diversas culturas de campo e vegetais – saltou 14% no ano para $3,24 bilhões. Um ganho de $200 milhões em renda de royalties de características do milho na América do Norte ajudou seu negócio no primeiro semestre do ano.

O milho da América Latina cresceu com a expansão da segunda temporada no Brasil, onde suas vendas aumentaram mais de 30%. Estimulado pelo crescimento nos setores de carne suína e de aves, o valor do mercado de sementes de milho do Brasil deve atingir $2,7 bilhões até 2020 com o aumento da produção da segunda temporada e maior adoção de tecnologia.

As vendas totais de 2012 subiram 7% para $14,2 bilhões, com a valorização do dólar americano, um aumento de 7% no volume e um aumento de 3% nos preços. As vendas subiram 10% a taxas de câmbio constantes.

Dois anos atrás, a Syngenta anunciou que impulsionaria seu portfólio por cultura, uma medida que Mack creditou a um aumento em suas vendas previstas para $25 bilhões até 2020 para as oito culturas.

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