Bowman v. Monsanto: Dia 1 vai para gigante da biotecnologia
22 de fevereiro de 2013 
No primeiro dia de audiências dos argumentos orais da Suprema Corte dos EUA no caso de patentes Monsanto vs. Bowman, a balança pareceu pender a favor da empresa.
A Associated Press relata que nenhum dos juízes parecia pronto para ficar do lado do fazendeiro de Indiana Vernon Hugh Bowman, que foi processado pela Monsanto por violar a patente da empresa sobre sementes de soja resistentes a herbicidas.
A Monsanto proíbe os agricultores de guardar ou reutilizar sementes depois que as plantações são cultivadas. Suas sementes Roundup Ready chegaram ao mercado em 1996 e agora são usadas por mais de 90% de fazendas de soja americanas.
De acordo com a Bloomberg News, o juiz Stephen Breyer disse ao advogado do Sr. Bowman: “O que [a lei] proíbe é fazer uma cópia da invenção patenteada, e foi isso que ele fez”.
Sem uma forte proteção de patente, “a Monsanto não teria incentivo para criar um produto como este”, acrescentou a juíza Elena Kagan.
A Associated Press relata que o presidente do Supremo Tribunal, John Roberts, se perguntou “por que alguém no mundo” investiria tempo e dinheiro em sementes se era tão fácil escapar da proteção de patentes.
Bill Freese, analista científico e político do Centro de Segurança Alimentar, disse à AP que uma vitória da Monsanto dificilmente prejudicará os lucros da empresa, já que a maior parte do seu dinheiro vem do milho, uma semente que não pode ser replantada.
“Portanto, a economia de sementes não teria impacto na maior parte da receita de sementes da Monsanto”, diz ele.
Além disso, Seth P. Waxman, advogado da Monsanto, disse: “Sem a capacidade de limitar a reprodução da soja contendo essa característica patenteada”, ele disse, “a Monsanto não poderia ter comercializado sua invenção e nunca teria produzido o que é, até agora, a tecnologia agrícola mais popular na América”.
Para ler as transcrições da audiência, Clique aqui.
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