México quer revisão agrícola do NAFTA

A Comissão Permanente do México — que representa o Congresso durante os recessos — aprovou por unanimidade uma medida exigindo que o governo revise o capítulo agrícola do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) para proteger os interesses de cinco milhões de agricultores mexicanos.

A eliminação das tarifas finais sobre produtos dos EUA, incluindo milho e feijão — ambos alimentos básicos da dieta mexicana — entrou em vigor em 1º de janeiro. Pequenos agricultores mexicanos temem uma enxurrada de milho e feijão baratos de produtores dos EUA com maior acesso a crédito, tecnologia avançada e subsídios do governo.

O presidente Calderón apoia as disposições agrícolas do NAFTA, explicando que os consumidores mexicanos se beneficiaram de preços mais baixos e que o México se tornou um importante fornecedor de frutas, vegetais e outros produtos agrícolas para os EUA, mesmo com o aumento das importações de milho.

No entanto, Salvador Manuel Barajas — chefe do comitê de relações exteriores da câmara baixa — propôs que o Congresso expressasse uma oposição "enérgica" à abertura completa do mercado agrícola do México, dizendo: "Isso não só desencadeará sérios problemas sociais e econômicos nas comunidades rurais, mas também provocará uma maior migração do campo para as cidades e para os EUA". O senador José Gonzalez Morfin, do Partido de Ação Nacional, no poder, recomendou negociações entre o governo federal e organizações camponesas para analisar o verdadeiro impacto da remoção de tarifas.

Principais artigos
Navegando pelas novas regras: países do Sudeste Asiático endurecem os padrões para produtos biológicos e de proteção de cultivos.