Projeto de Lei para Facilitar as Leis Agrícolas do Brasil no Congresso

Antonio Andrade e Katia Abreu
Mudanças nos prazos notoriamente longos de registro de produtos de proteção de cultivos no Brasil podem finalmente ser iminentes.
Um projeto de lei solicitando mudanças na legislação de agroquímicos, incluindo a redução do tempo para registrar produtos em órgãos de proteção vegetal em todo o país, está em andamento no governo e será encaminhado em breve ao Congresso, informou a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), uma organização de lobby, na quinta-feira.
A informação foi dada à presidente da CNA, Kátia Abreu, e ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Antonio Andrade, durante reunião na noite de quarta-feira, informou a CNA.
Abreu espera que o assunto seja “tratado como prioridade” pelo governo brasileiro diante das novas pragas que estão causando grandes prejuízos à indústria agrícola, incluindo a Helicoverpa armigera lagarta. O Ministério da Agricultura declarou estado de emergência nos estados do Mato Grosso e da Bahia esta semana após um surto da praga, que apareceu no Brasil há apenas um ano e causou perdas estimadas de $2,5 bilhões somente na Bahia – principalmente em soja e algodão – na safra 2013/14.
Estudo da Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária indica que além de Helicoverpa armigera, pelo menos mais 150 pragas potenciais ameaçam as plantações de grãos em muitas partes do país, e podem custar ao agronegócio brasileiro $40 bilhões. Burocracia e atrasos na liberação de novos produtos agroquímicos agravam essas pressões, disse a CNA.
Abreu disse que o As informações sinalizaram alívio para o setor agrícola porque “a entrada de novas pragas no país pode afetar a produtividade de culturas tradicionais, como milho, soja e algodão”.
O momento do projeto de lei é importante: além das novas pressões de pragas, a desaceleração do crescimento econômico na China e o aumento das taxas de câmbio podem ter um impacto negativo na produção agrícola e na safra 2013/14, disse Abreu.
A CNA argumenta que, além da liberação mais rápida de produtos agroquímicos, também é necessária a realização de uma ampla campanha de conscientização sobre a entrada de novas pragas para os agricultores.
O agronegócio atualmente responde por 22,41 TP3T do PIB do Brasil, 371 TP3T de suas exportações e um terço de todos os empregos, segundo a CNA.