Brasil declara emergência em sétimo estado

As larvas de Helicoverpa são agressivas, ocasionalmente carnívoras e podem até canibalizar umas às outras.
Crédito da foto: Gyorgy Csoka, Instituto de Pesquisa Florestal da Hungria, Bugwood.org
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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) do Brasil declarou nesta quinta-feira estado de emergência em Alagoas, citando a Helicoverpa armigera surto que custou bilhões de dólares aos agricultores do país.
O estado de emergência — em vigor durante um ano — também foi declarado na Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Piauí. A lagarta atacou milho, soja e algodão, além de vagem, quiabo, amendoim e pimenta.
Entre as medidas emergenciais a serem adotadas, segundo o MAPA: utilização de cultivares que restrinjam ou eliminem as populações de pragas; determinação de plantio e restrição de culturas subsequentes; determinação de adoção de manejo integrado de pragas em emergência, uso de controle biológico, uso de controle químico, uso de armadilhas, iscas ou outros métodos de controle físico; liberação de agentes de controle biológico, bem como práticas culturais, como destruição de restos culturais e plantas voluntárias.
“A declaração de emergência é importante porque permitirá o aporte de recursos para o combate à praga”, afirmou o coordenador-geral do Mapa de Proteção Vegetal, Carlos Arthur Franz.
Segundo a CropLife Latin America, Helicoverpa armigera é originária da África e atualmente ameaça plantações na Ásia, Europa e Oceania. Foi identificada na América do Sul em fevereiro de 2013 pelos pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); Silvana Paula-Moraes e Alexandre Specht da Embrapa Cerrados e por Daniel Ricardo Sosa-Gomez da Embrapa Soja, por meio de análises morfológicas e de DNA em machos adultos. Caracterizando o surto estão um alto nível de resistência a inseticidas, alta mobilidade e uma elevada taxa de reprodução com fêmeas colocando de 1.000 a 1.500 ovos.