Syngenta solicita que UE retire proposta sobre neoniconitóides

Abelha

A Syngenta solicitou que a Comissão Europeia retirasse sua proposta de restringir o uso da tecnologia neonicotinoide, dizendo que o relatório da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) sobre os riscos para as abelhas decorrentes do uso de produtos químicos era “fundamentalmente falho”.

A Syngenta divulgou uma declaração alegando que a EFSA – agência reguladora da segurança alimentar da Europa – não considerou informações importantes que comprovam a segurança do tratamento de sementes com tiametoxam para uso em culturas como colza e girassol.

O tiametoxam é o ingrediente ativo do produto da empresa Tratamentos de sementes Helix XTra e Cruiser, e é um dos inseticidas neoniconitóides que a EFSA alertou no mês passado que representam um “risco agudo” para as abelhas.

O relatório levou a Comissão a propor uma proibição de dois anos para imidacloprida, tiametoxam e clotianidina em milho, colza, girassol, algodão e cereais (exceto cereais de inverno). Ainda não está claro como os estados-membros da União Europeia tratarão a proposta.

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“Uma análise mais aprofundada mostrou agora que a EFSA baseou sua avaliação em taxas de plantio de sementes irrealistas e excessivas, entre duas e quatro vezes maiores do que seriam usadas nas práticas agrícolas modernas”, disse a Syngenta, acrescentando que se a EFSA tivesse usado “taxas de semeadura normais”, teria concluído que o risco para as abelhas é extremamente baixo.

O diretor de operações da Syngenta, John Atkin, disse: “A Comissão Europeia tem usado este relatório falho da EFSA para justificar as restrições propostas a esta tecnologia. Estas últimas descobertas minam a base para tal ação, o que traria danos econômicos consideráveis aos produtores e absolutamente nenhum benefício às abelhas. A Comissão Europeia deve interromper o processo atual e realizar uma revisão abrangente para identificar os verdadeiros riscos à saúde das abelhas.”

 

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