UE rouba agricultura para pagar pelo ITER

BRUXELAS, Bélgica — Para pagar o custo de expansão do reator de fusão internacional ITER — cuja construção deverá começar este mês em Cadarache, França — o Comissão Europeia decidiu que, em vez de retirar $1,8 mil milhões do orçamento do seu programa-quadro de investigação (7.º PQ), retirará apenas $594 milhões do 7.º PQ e outros $516,8 milhões do orçamento da UE para subsídios agrícolas, relata AAAS. A comissão decidirá ainda este ano de onde tirar os $697,7 milhões restantes. Os fundos agrícolas virão da “rubrica orçamental 2” — o maior programa do qual é a Política Agrícola Comum (PAC), respondendo por 48% do orçamento da UE. A PAC fornece subsídios agrícolas aos produtores em toda a UE.

O custo do ITER já triplicou em relação ao preço base original, de acordo com Mariano Gago, ministro da ciência de Portugal, no Euroscience Open Forum em Turim, Itália, na semana passada. No mesmo fórum, Rebecca Harms, membro do Parlamento Europeu pelo Partido Verde da Alemanha, chamou a decisão de tirar dinheiro da agricultura para pagar pela fusão de "realmente louca". O preço base do projeto de aproximadamente $3,5 bilhões para a contribuição da UE aumentou para $9,3 bilhões; mesmo com dinheiro extra em seu orçamento de fusão, a UE ficou aquém em $1,8 até o final de 2013. O próximo orçamento da UE vai de 2014.

A proposta de orçamento ainda precisa ser aprovada pelo Conselho de Ministros — que deu à comissão um mandato para aprovar a linha de base do projeto ITER em uma reunião do ITER agendada para 26 e 27 de julho — e pelo Parlamento Europeu, que está em recesso até o final de agosto.

Os sete membros do ITER incluem China, UE, Índia, Japão, Coreia do Sul, Rússia e EUA.

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