Agricultores africanos enfrentam resistência à tecnologia
A resistência da África às novas tecnologias de proteção de cultivos pode estar ameaçando o suprimento mundial de alimentos, de acordo com os painelistas do Prêmio Mundial da Alimentação, realizado em Des Moines, Iowa, em outubro.
A adoção de novas tecnologias é fundamental para melhorar a subsistência dos agricultores africanos, aumentar o crescimento do mercado e melhorar a segurança alimentar global.
A educação do agricultor é uma maneira de aumentar as taxas de adoção de produtos de biotecnologia e proteção de cultivos. Aqueles que atualmente usam tecnologias antigas estão descobrindo que estão sendo ultrapassados por aqueles que têm maior capital de giro e acesso a melhores sementes e insumos. Embora usar a biotecnologia para aumentar os rendimentos justifique um aumento nas despesas, a falta de acesso a produtos e financiamento continua a sufocar o crescimento.
“Quando os agricultores têm a capacidade de cultivar mais, eles podem pagar por uma tecnologia melhor”, diz o Secretário de Estado Assistente dos EUA, Jose W. Fernandez. “O governo precisa ajudar os agricultores a dar o primeiro passo para obter tecnologias que eles não podem pagar.”
Além disso, os governos africanos precisam incentivar o investimento privado e reformular os procedimentos regulatórios para fornecer melhor proteção de patentes, diz ele.
O Dr. Calestous Juma, professor de Prática de Desenvolvimento Internacional na Universidade de Harvard, diz que a África pode aprender com os avanços do Brasil na agricultura, incluindo rápida adoção de tecnologia, educação de agricultores e maior acesso ao crédito.
“Nos últimos 40 anos, o Brasil criou instituições para promover a agricultura”, ele diz. “Para cada problema africano, há uma solução brasileira.”
Nota do editor: esta história é a primeira parte de uma série na qual especialistas do Prêmio Mundial da Alimentação explicam como as tecnologias de proteção de cultivos melhoram a segurança alimentar global.