Comércio de trigo do Brasil aumenta junto com o consumo

As importações de trigo do Brasil em 2011/12 são estimadas em 7,1 milhões de toneladas métricas (mmt), um aumento de 6% em relação a 2010/11 devido ao aumento no consumo interno.

O Brasil historicamente produziu trigo suficiente para atender apenas metade de suas necessidades de consumo, de acordo com o relatório. Argentina, Uruguai e Paraguai normalmente respondem por 98% das importações de trigo do Brasil.

Os Estados Unidos têm sido o principal fornecedor reserva nos anos em que os países do Mercosul não conseguem atender às necessidades de importação do Brasil. O acordo econômico do Mercosul entre Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai promove o livre comércio entre esses países. O trigo dos EUA normalmente entra no Brasil para abastecer os moinhos do Nordeste, onde pode competir devido a uma isenção do imposto da marinha mercante.

O USDA prevê que as exportações de trigo do Brasil para 2011/12 sejam de 1,8 mmt. As exportações de trigo do ano passado foram recorde, e as exportações, embora 29% menores que as do ano anterior, devem atingir o segundo maior nível já registrado.

As exportações de trigo continuarão sendo fortalecidas pelo apoio do governo brasileiro por meio do Programa de Prêmio ao Escoamento do Produto (PEP).

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A área de produção de trigo está prevista em 2,2 milhões de hectares, um aumento de 9% em relação a 2011/12. A área de trigo está prevista para recuperar parte da terra da soja no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. O relatório do USDA prevê que a produção de trigo continuará sua mudança mais para o sul e o Rio Grande do Sul ultrapassará o Paraná para se tornar o maior estado produtor de trigo.

A produção de trigo do Brasil está prevista em 6,1 mmt, alta de 7% em relação a 2011/12, de acordo com o relatório. O trigo doméstico deve continuar a melhorar em qualidade por dois motivos:
– A mudança da área de produção para o sul deve proporcionar um clima de cultivo mais propício
– Expectativa de que as novas normas de fortificação de farinhas do Brasil entrem em vigor.

Os novos padrões de fortificação de farinha exigem melhores características do trigo, encorajando os produtores a investir em sementes melhores. O padrão está programado para começar a ser aplicado em julho de 2012.

Entretanto, o USDA indica que, como o novo padrão continua sendo uma discussão em andamento entre produtores, moinhos e o governo, é provável que a implementação do padrão seja adiada pela terceira e última vez, para 2013.

Fonte: USDA, editado por Stefanie A. Toth, editora online

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