CropChem: Brasil continuará dependente de importações de pesticidas

José Leão, sócio fundador da CropChem Ltda em Porto Alegre, Brasil, tem vasta experiência no setor de defensivos agrícolas, com mais de 30 anos de atuação na área. Recentemente, Leão compartilhou sua visão sobre o mercado de proteção de cultivos — tanto globalmente quanto no Brasil — com GlobalAgroChemicals.com.

O Brasil importou cerca de 220,7 milhões de dólares em defensivos agrícolas em maio deste ano, mostrando a grande dependência que o país tem do mercado internacional. Você acredita que esse amplo cenário de importação de defensivos pode mudar no país e quais medidas poderiam ser tomadas?
José Leão: Entendemos que esse cenário deve permanecer, ou até mesmo ser ampliado, tendo em vista que no Brasil há muitos anos não temos uma política industrial de médio/longo prazo. No caso dos defensivos agrícolas, a situação é ainda mais grave, pois depende de uma gama ampla de matérias-primas, que deveriam ser produzidas localmente para viabilizar a produção nacional. Hoje, vemos China e Índia despontando como grandes fornecedores mundiais, com indústrias verticalizadas, infraestrutura adequada e baixo nível de burocracia, o que as torna extremamente competitivas.

As lavouras de soja e milho deste ano registraram produção recorde e seus preços estão aumentando o potencial que fortalecerá o produtor rural. Esse cenário está refletindo no mercado de defensivos agrícolas?
JL: A colheita de grãos deste ano foi excelente. Os preços, no entanto, ainda estão em um patamar baixo. Este fator que pegou as vendas, e como consequência há um atraso na comercialização dos insumos. Com a expectativa de melhora nos preços dos grãos, espera-se que a aquisição de insumos tenha uma evolução positiva no segundo semestre.

Leia a história completa em GlobalAgroChemicals.com.

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