Brasil: Novo Plano Agrícola é lançado
Pela primeira vez, o governo adicionou "suprimento de energia" às metas da agricultura brasileira (além das metas tradicionais de suprimento de alimentos, crescimento econômico, criação de empregos e aumento da renda rural). O PAP aloca US$ $36,8 bilhões para financiar custos, comercialização e investimento.
Um total de US $30,5 bilhões foi alocado para agricultura comercial e US $6,3 bilhões para agricultura familiar. O PAP também reduz a taxa de juros para esse financiamento para 6,75%, de 8,75% sob o PAP anterior.
Muitos agricultores de renda média têm tido dificuldade de acessar financiamento devido a uma dívida acumulada estimada em US$ $69 bilhões de safras anteriores, construída principalmente nos últimos cinco anos. Em um esforço para ajudar esses produtores, alguns ajustes foram feitos no Programa de Criação de Empregos e Renda Rural (PROGER Rural). A renda bruta anual permitida dos usuários foi dobrada para US$ $115.800, o limite de crédito foi dobrado para US$ $52.600 por beneficiário e a taxa de juros foi reduzida em quase US$ 2%. O governo estima que essas mudanças fornecerão acesso ao crédito para 70% a 80% dos produtores de renda média do Brasil que estão vinculados a cooperativas.
Para superar dificuldades estruturais e expandir o uso do programa, o subsídio do seguro rural aumentou para US$ $52,6 milhões, e uma proposta de legislação será enviada ao Congresso por volta de agosto para criar um Fundo de Catástrofes para proteger o mercado de seguros contra perdas financeiras em caso de catástrofe.
O novo plano reconhece os problemas significativos associados à falta de infraestrutura adequada (particularmente no Centro-Oeste), mas afirma que isso não pode ser resolvido por meio de política agrícola. O governo está criando um grupo de trabalho para estudar a questão. Estima-se que US$ $1,6 a $2,6 bilhões serão necessários para resolver o problema.