Ajuda à soja no Brasil é insuficiente, dizem produtores
O governo brasileiro destinou US$ $470 milhões adicionais como ajuda emergencial ao setor de soja do país na forma de suporte de preços, rolagem de dívida e seguro agrícola para ajudar a compensar o aumento do custo do diesel, que tornou o transporte cada vez mais difícil.
Administrados pela CONAB (empresa brasileira de abastecimento de alimentos vinculada ao Ministério da Agricultura), o objetivo dos pagamentos é auxiliar na venda de 15 a 20 milhões de toneladas de soja. O governo planeja pagar aos produtores entre US$ $0,70 e US$ $2,80 por saca de 60 quilos de soja, dependendo da distância do produtor ao porto, de acordo com o Serviço de Agricultura Externa do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA-FAS).
O auxílio fica aquém do solicitado pelos produtores. Após três anos de condições adversas, a maioria dos agricultores não se encontra em situação financeira precária. Os agricultores alegam que o preço mínimo do governo não cobre seus custos de produção atuais. O preço mínimo do governo para a soja é de cerca de US$ $115 por tonelada métrica. Os agricultores afirmam que o custo de produção deste ano está na faixa de US$ $230 por tonelada métrica.
Pela primeira vez em sete anos, a área plantada de soja no Brasil deverá cair. As estimativas para a área plantada deste ano são de uma queda de 41 TP3T, e a área do próximo ano pode cair mais 21 TP3T. O governador do Mato Grosso e maior produtor de soja do Brasil estimou recentemente a queda na área de soja para a safra 2006/07 em 101 TP3T.
A reclamação geral dos agricultores brasileiros é que eles são grandes contribuintes para a economia brasileira, gerando riqueza, mas não recebendo apoio ou cooperação do governo. A soja representa 81 TP3T do total das exportações brasileiras, uma queda em relação às 121 TP3T do ano passado.