Consolidação das Majors
9 de dezembro de 2008 No entanto, com inúmeras pressões crescentes contra empresas de agroquímicos, como o advento da biotecnologia, aumento dos padrões regulatórios internacionais (e custos), competição de fabricantes de produtos genéricos e o investimento altíssimo necessário para trazer novas moléculas ao mercado, o negócio de descoberta viu o nível de massa crítica necessária para a sobrevivência crescer cada vez mais. Nomes que dominaram o mercado de agroquímicos nos últimos 20 anos, como Ciba Geigy, ICI, Shell, Rhône-Poulenc, Hoechst, Schering, Eli Lilly, American Cyanamid, Stauffer, Zeneca e Aventis, todos foram varridos pela onda de consolidação que nos deixou hoje com seis grandes superpotências de proteção de cultivos: BASF, Bayer CropScience, Dow Agrociências, Proteção de Cultivos DuPont, Monsanto, e Syngenta.
Mas os esforços de consolidação das majors não se limitaram aos negócios de agroquímica. Percebendo a importância da biotecnologia no futuro da agricultura, cada uma das “Big 6” fez movimentos para adquirir empresas de sementes e biotecnologia para aumentar sua influência em todas as áreas de proteção de cultivos.
Movimentos como esses preocupam alguns na indústria. Com menos participantes no negócio de descoberta e o alto custo de desenvolvimento de novas químicas, uma desaceleração nas introduções de novos produtos químicos já foi sentida, e como as Big 6 concentram mais atenção em características, a descoberta química convencional pode ser ainda mais desgastada.
No geral, as Seis Grandes têm sido muito públicas sobre seu compromisso com produtos químicos convencionais, especialmente aqueles com melhores perfis ambientais e alvos ultraespecíficos.
Ainda assim, a questão de uma desaceleração de descoberta permanece na indústria, assim como uma questão maior: a consolidação parou? Ou o Big 6 não está longe de se tornar o Big 5?
Receba a Newsletter hoje mesmo!
