Três dicas importantes: Elephant Vert sobre como melhorar a adoção de novos produtos biológicos pelos produtores

Maud Le Bris
À medida que mais empresas colocam produtos biológicos no mercado, uma estratégia de entrada bem-sucedida depende de muitos fatores, incluindo a compreensão da equipe de vendas e dos produtores sobre o produto e como ele funciona. Agronegócio Global conversou com Maud Le Bris, Diretora de Marketing e Comunicação da Elefante Verde, sobre suas três principais dicas para construir a confiança e a adoção dos agricultores ao introduzir biossoluções em mercados emergentes.
1. Oferecer soluções verdadeiramente adaptadas aos desafios dos agricultores, com o objetivo de melhorar tanto a qualidade quanto a quantidade de suas colheitas.
É importante promover uma cultura de engajamento próximo no campo. Seus representantes de vendas devem ser consultores técnicos capazes de identificar problemas. Por exemplo, a Elephant Vert contrata vendedores com experiência em agronomia, para que possam observar as plantações e os desafios com a produtividade.
Além de fornecer soluções personalizadas, sua equipe de vendas deve oferecer suporte personalizado no gerenciamento de culturas, incluindo orientação de análise de solo e implementação de testes agronômicos com agricultores para demonstrar os benefícios dos produtos.
Também é importante fazer parcerias com fontes já confiáveis pelos produtores na obtenção de resultados de produtos. Por exemplo, em nosso projeto ECOSTIM — apoiado pela FASEP e pelo Ministério da Agricultura da França — testamos os efeitos de dois bioestimulantes (Econitrate e Novastim) em cinco culturas importantes na África Oriental, a fim de fornecer evidências tangíveis aos nossos clientes.
Uma última observação. A criação de um programa de educação para produtores deve ser contínua, para que eles tenham uma compreensão geral do uso de produtos biológicos. A educação pode ser presencial ou virtual. Treinamos mais de 10.000 agricultores por ano na África sobre as melhores práticas agrícolas e lançamos, em colaboração com nossa subsidiária na África Oriental, um novo programa de podcast e webinar focado em biossoluções, seus efeitos e uso.
2. Colaborar com as partes interessadas certas para otimizar nossas soluções e garantir sua eficácia
Desde o início, sua empresa deve firmar parcerias com diversas organizações para garantir que suas soluções sejam acessíveis aos agricultores, independentemente do porte de suas operações. A Elephant Vert firmou parcerias com ONGs na África, a FAO no combate a invasões de gafanhotos e gafanhotos e instituições financeiras como parte de nossa abordagem de "Cadeia de Valor" no Mali.
Para o desenvolvimento de produtos, sua empresa pode expandir seu escopo por meio de aquisições ou parcerias. Por exemplo, A Elephant Vert adquiriu a Lipofabrik em 2022, para nos permitir integrar expertise avançada e fortalecer laços com uma ampla rede de parceiros para acelerar um pipeline diversificado de P&D visando mercados globais de frutas, vegetais e culturas em linha com produtos bioestimulantes e de biocontrole. Nossa subsidiária BIO3G também trabalha em estreita colaboração com instituições públicas e privadas, como o INRAE e a Universidade de Rennes, para desenvolver produtos inovadores e diferenciados.
Essas colaborações são essenciais para garantir um processo de melhoria contínua e adaptar as ofertas às restrições enfrentadas pelos agricultores.
3. Coloque a inovação no centro da sua estratégia para apoiar a transição agroecológica
Os produtores estão enfrentando muitos desafios com um conjunto de ferramentas cada vez menor. Sua empresa deve se comprometer a entender esses desafios e oferecer novas soluções aos produtores.
Como exemplo, a Elephant Vert faz parcerias com fornecedores de biosoluções comprometidos, como Profarm, Futureco ou Seipasa, para trazer novos produtos ao mercado que abordem grandes desafios, como degradação do solo, aumento do estresse abiótico, regulamentações de culturas de exportação ou ameaças emergentes, especialmente pragas e doenças.
Sua empresa também deve garantir agilidade para atender às restrições atuais. A estratégia para veículos elétricos (VEs) tem sido adotar uma abordagem integrada, a fim de estruturar e cobrir toda a cadeia de valor — da P&D ao lançamento no mercado — incluindo produção, aprovações regulatórias, testes de campo e comercialização.
Em resumo, acreditamos em uma abordagem colaborativa em que cada parte interessada desempenha um papel na transição agroecológica. Estamos comprometidos em contribuir ativamente para essa transformação, trabalhando para gerar um impacto ambiental e social positivo.