COP30 no Brasil: Cinco soluções inovadoras para a agricultura sustentável e a segurança alimentar global
À medida que o mundo se prepara para a COP30 em Belém, Brasil, em novembro de 2025, a agricultura emerge cada vez mais como uma fronteira crucial na luta global contra as mudanças climáticas. A agricultura contribui com 22% das emissões globais de gases de efeito estufa, de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
“Estamos em um momento crucial, em que a agricultura não apenas alimenta o mundo, mas também precisa liberar seu potencial para se tornar uma solução para as mudanças climáticas”, afirma Petra Laux, Diretora de Sustentabilidade do Syngenta Group. “Produzir mais alimentos e proteger o meio ambiente pode ser alcançado em conjunto, mas precisamos fazer com que cada hectare agrícola existente conte. Expandir para mais terras elevaria as emissões de gases de efeito estufa muito além de nossas metas globais, visto que quase 40% da massa terrestre do planeta já é usada para a produção de alimentos1. Tecnologia e inovação são a chave para fechar a lacuna de produtividade.”
A Syngenta é uma empresa-chave no setor de sistemas alimentares, buscando facilitar a transição para um mundo de baixo carbono. De acordo com a líder global em AgTech, existem cinco soluções inovadoras para garantir que a agricultura faça parte da solução climática, contribuindo para a segurança alimentar global de um mundo de até 10 bilhões de pessoas até 2050:
- Revitalização de terras degradadas por meio de técnicas inovadoras de restauração do solo e práticas agrícolas sustentáveis.
- Avanço de variedades de culturas e métodos de melhoramento resistentes ao clima que permitem que as plantações prosperem em condições desafiadoras — exigindo menos água, resistindo naturalmente a pragas e doenças e mantendo a produtividade apesar do estresse climático.
- Aumentar a produtividade com inovação, tecnologia e produtos cada vez mais baseados na natureza, como produtos biológicos, incluindo microrganismos benéficos e extratos de plantas.
- Escalonando a agricultura de precisão aplicando produtos de proteção de cultivos seletivamente e somente onde necessário para proteger as colheitas.
- Promover práticas regenerativas, incluindo culturas de cobertura, cultivo mínimo e manejo de matéria orgânica para melhorar a saúde do solo, aumentar o sequestro de carbono e melhorar a produtividade.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) está preparando um novo relatório de roteiro a ser divulgado na COP30. As inovações desempenharão um papel importante na consecução de seus objetivos. Um estudo da Deloitte de novembro de 20242 apontou que 50% da melhoria necessária no fornecimento de alimentos e 40% das calorias adicionais necessárias para alimentar o mundo devem ser alcançadas por meio de inovação acelerada, tecnologia e melhorias na produtividade. Outros fatores contribuintes incluem a redução de emissões; a proteção e a restauração do capital natural (21%); a melhoria do capital natural (19%); o fortalecimento da circularidade e a orientação das escolhas do consumidor (6%); e a promoção de mudanças alimentares (4%).
A atual estagnação da produtividade agrícola global (GAP) foi destacada no relatório3 da Virginia Tech, emitido em setembro de 2025, mostrando que a produtividade cresceu apenas 0,76% globalmente em 2025, enquanto a demanda por produtos agrícolas deve crescer mais de 1% anualmente até 2031. Para atingir níveis de produção sustentáveis que possam alimentar o planeta, o crescimento da produtividade deve acelerar para uma média de 2% por ano entre 2024 e 2050.
Como parte das Prioridades de Sustentabilidade da Syngenta, lançadas em 2024, a empresa visa viabilizar a agricultura regenerativa em milhões de hectares de terras em todo o mundo. No Brasil, por meio do programa REVERTE®, a empresa visa a recuperação de 1 milhão de hectares de terras degradadas. Uma parcela significativa do trabalho está no bioma Cerrado, onde a Syngenta trabalha em conjunto com a The Nature Conservancy. O objetivo da iniciativa é tornar a restauração de terras degradadas a opção rentável buscada pelos agricultores no Brasil para expandir sua produção, em vez de desmatar a vegetação nativa.
A Syngenta lançou recentemente um projeto de restauração semelhante no Paraguai para apoiar produtores do Chaco e da região oriental na adoção de práticas regenerativas.
Na COP30, em 11 de novembro de 2025, a Syngenta fará parceria com a The Economist para sediar um painel de discussão com especialistas seniores, "Agricultura para o Futuro: Aumentando a Produtividade Agrícola e Protegendo o Planeta". A sessão explorará a restauração de terras, a saúde do solo, o financiamento e soluções políticas para tornar a agricultura sustentável economicamente viável e escalável para agricultores de todos os portes. Os painelistas incluem André Savino, Presidente da Syngenta Crop Protection no Brasil; Marcio Sztutman, Diretor Executivo da The Nature Conservancy (TNC) Brasil; Dra. Izabella Teixeira, ex-Ministra do Meio Ambiente do Brasil; Teresa Cristina Vendramini, produtora agrícola, líder do agronegócio e ex-presidente da Sociedade Rural Brasileira; e Pedro Barros Barreto Fernandes, Sócio e Diretor de Agronegócio do Banco Itaú.