O estado da cadeia de suprimentos pós-COVID no mercado de agroquímicos
A cadeia de abastecimento global está gradualmente retornando a um novo normal após três anos de interrupções relacionadas à pandemia, escreve Nicole Wisniewski em um artigo recente no AgriBusiness Global DIRECT. Embora as taxas de transporte marítimo tenham caído para níveis pré-pandêmicos em algumas rotas de transporte, ainda não está claro o que define o normal no contexto atual. A redução nos custos de frete se deve principalmente à fraca demanda e ao excesso de oferta, em vez de um aumento na capacidade de fornecimento global.
As empresas agroquímicas agora estão navegando em um novo mundo de custos de transporte mais baixos, taxas de remessa reduzidas, confiabilidade aprimorada, maior concorrência e demanda mais fraca. Durante as primeiras ondas da pandemia em 2020, houve uma paralisação total da fabricação, remessas e demanda. Isso foi seguido por um aumento nas vendas de pesticidas devido ao pânico de compras em mercados estrangeiros. No entanto, desde o pico do Ano Novo Chinês em fevereiro de 2022, houve uma reversão dessa tendência, com a maioria dos aumentos de taxas do final de 2020 e 2021 sendo removidos do sistema.
Embora os custos de envio não tenham retornado às taxas pré-pandemia, as transportadoras se tornaram melhores em gerenciar a oferta e a demanda e estão buscando reter parte da margem melhorada que garantiram durante a pandemia. Algumas rotas de envio estão voltando ao normal mais rápido do que outras, dependendo do equilíbrio entre oferta e demanda e do ambiente econômico no mercado receptor. Contratos de longo prazo estão de volta à mesa, mas opções premium estão disponíveis em troca de capacidade confiável.
A reformulação da cadeia de abastecimento após COVID 19 levou a uma maior competição nos mercados regionais de agronegócio. Empresas multinacionais de proteção de cultivos estão selecionando parceiros estratégicos de longo prazo na China e terceirizando a produção de formulações. Essa maior competição provavelmente favorecerá as duas principais empresas de proteção de cultivos, ao mesmo tempo em que pressionará os concorrentes em terceiro lugar.
A pandemia também trouxe tecnologia aprimorada para rastrear movimentos de remessas, o que continuará sendo uma ferramenta útil daqui para frente. Duas grandes transportadoras, Maersk e MSC, anunciaram o fim de sua aliança, levantando questões sobre o futuro de outras alianças e seu impacto na capacidade e nas tarifas.
O desafio agora é prever quando a demanda retornará. Muitos mercados de consumo estão com estoques altos, e não está claro quanto tempo levará para que eles se recuperem. A estagflação, que combina alta inflação com crescimento econômico lento e demanda estagnada, acrescenta complexidade à gestão da situação atual.
Concluindo, enquanto a cadeia de suprimentos global está gradualmente retornando a um novo normal, a definição de normal ainda está evoluindo. A redução nos custos de frete é impulsionada pela demanda fraca e excesso de oferta, em vez de um aumento na capacidade de fornecimento global. Aumento da concorrência, tecnologia aprimorada para rastrear remessas e o fim das alianças estão moldando o novo cenário. O desafio agora é gerenciar a estagflação e prever quando a demanda retornará.