Produtores brasileiros garantem retorno de $100.000 em biotecnologia
Um novo relatório da Associação Brasileira de Sementes e Mudas do Brasil (ABRASEM), a associação brasileira de sementes, descobriu que o produtor médio do país de uma safra de milho resistente a insetos de 50 hectares já ganhou um retorno adicional de até $100.400 desde que a tecnologia foi comercializada no país. Nos próximos 10 anos, ela projeta que o mesmo produtor verá os lucros aumentarem em $324.100 devido à produtividade aprimorada.
Com a perspectiva de aprovação de novas tecnologias, maior adoção pelos produtores e aprimoramentos da tecnologia existente, o benefício econômico total da adoção de transgênicos nos próximos 10 anos deve chegar a $118,2 bilhões, com 82% desse montante indo para o produtor.
“O caso do milho é o exemplo mais marcante do salto em lucratividade e impacto ambiental que a biotecnologia pode oferecer aos produtores. E os impactos dessa adoção são ainda mais perceptíveis para pequenos e médios produtores, cuja competitividade está melhorando”, disse o presidente da ABRASEM e produtor rural brasileiro Narciso Barison Neto.
O estudo também analisa os benefícios da biotecnologia para o meio ambiente e a sustentabilidade do agronegócio brasileiro nos últimos 16 anos, desde que a semente geneticamente modificada foi comercializada no país. Também leva em consideração fatores como uso de água, consumo de diesel, emissões de carbono e uso de pesticidas.
O benefício projetado para o uso da água de 2012/13 a 2021/22 é de 167,4 bilhões de litros de economia de água devido à adoção de culturas biotecnológicas.
Realizado pela Celeres e Celeres Ambiental, o estudo é realizado anualmente para a ABRASEM desde 2008. Os resultados são baseados em pesquisas de campo e entrevistas com mais de 360 produtores de soja, milho e algodão em todo o país.